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Eu amo-te, mãe

Helen Horn por Helen Horn Necessidades adicionais

Helen Horn

Helen Horn

Sou mãe de dois jovens. O meu filho mais velho, James, de 27 anos, tem o diagnóstico de Síndrome de Wolf-Hirschhorn e Autismo. No meu blogue, escrevo ...

Eu amo-te, mãe

Apenas quatro pequenas palavras que significam muito. Lembro-me de quando o meu filho, agora com 24 anos, era muito mais novo e me abraçava com frequência e dizia "Amo-te, mãe". O meu coração inchava.

O mais provável é que o meu filho mais velho (atualmente com 27 anos) nunca diga essas palavras. Ele é não-verbal. Consegue "assinar" "amo-te". Não sei se ele compreende o que significa amor. Digo-lhe muitas vezes que o amo. A resposta dele diz-me que acha que é algo bonito........ Normalmente, manda-me um beijo. Pergunto-lhe se ele ama a mãe. Ele abana a cabeça. Isso não me chateia. Ele abana a cabeça a tudo. Tudo, exceto "Queres pudim?". Então ele pode acenar com a cabeça e dizer "Sim".

Como o Dia da Mãe acabou de passar, vimos todos os cartões nas lojas a expressar o nosso amor e agradecimento às nossas mães. Os anúncios de guloseimas caras e refeições fora de casa. Comercialismo..... diz o meu cínico de 24 anos. Ele não acredita nisso, nunca acreditou. Até há pouco tempo, era um estudante sem dinheiro e eu não queria que ele gastasse os seus limitados fundos comigo. Bastava um abraço e aquelas quatro palavrinhas. (Embora o pai dele garantisse que havia sempre uma coisinha para mim da parte dos rapazes)

Nunca tive um pequeno-almoço preparado para mim no Dia da Mãe.

Nunca tive um pequeno-almoço preparado para mim no Dia da Mãe.

Sou a única cozinheira da minha casa e, por isso, nunca me prepararam o pequeno-almoço. Também nunca fui levada a almoçar fora ou a tomar o chá da tarde no Dia da Mãe. Os bares estão cheios de gente e teria sido difícil com o meu filho mais velho, que tem necessidades complexas. Não me importo mesmo nada.

Quanto à minha mãe, sei que, à medida que me aproximo dos meus cinquenta anos, tenho muita sorte por ainda ter a minha mãe na minha vida. Por isso, sim......, entrei no comercialismo, como tenho feito todos os anos desde que sou capaz. Tinha o cartão e a prenda. Vou dizer à minha mãe que a adoro, não lho digo muitas vezes, mas espero que ela saiba o quanto a adoro todos os dias.

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